Quando fiquei grávida li muito sobre maternidade e o desenvolvimento infantil. Tudo para me aperfeiçoar e aprender a como lidar com aquela nova fase em minha vida (gravidez e, consequentemente, parentalidade), e também para cuidar da melhor forma possível do novo bebêzinho que iria chegar. Uma das formas de criação e educação que acabei me identificando foi a PARENTALIDADE POSITIVA. Mas afinal, o que ela é? Como exercê-la? Veja a seguir tudo o que você precisa saber sobre parentalidade positiva!

O QUE É A PARENTALIDADE POSITIVA?

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A parentalidade positiva é uma filosofia educacional com base no respeito mútuo entre pais e filhos.

Segundo Lopes e Dixe (2012), a parentalidade positiva é um conjunto de funções atribuídas aos pais para cuidarem e educarem os seus filhos sendo crucial para a saúde e para o desenvolvimento da criança. É definido como comportamento parental aquele que possibilita a criação e educação da criança com limites, relacionamento positivo e fortalecimento do seu desenvolvimento. A parentalidade positiva é sugerida como estratégia de prevenção de maus-tratos infantis e de desenvolvimento da criança nos seus primeiros três anos de vida, que é quando o cérebro tem grande potencial para a aprendizagem e os pais têm oportunidade para ajudar no desenvolvimento dos filhos.

Esse apoio dos pais deve ser centrado na PROTEÇÃO e nas necessidades da criança em cada uma das suas fases de desenvolvimento, principalmente até aos três anos de idade, que é também o período de maior fragilidade e dependência da criança.

Para a psicologia positiva, as emoções positivas são a base para adquirir algumas das competências que estrutura a personalidade (exemplo, a resiliência).

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Conheça as 5 dimensões da Parentalidade Positiva, segundo Lopes e Dixe (2012):

1. necessidades físicas da criança (alimentação, repouso e higiene);

2. segurança da criança (proteção da saúde e dos perigos e os cuidados quando a criança fica doente);

3. atitudes e comportamentos que ajudam no desenvolvimento, comportamento e estimulação da criança;

4. comunicação positiva com a criança (atitudes positivas no desenvolvimento de interação entre pais e crianças e um relacionamento com afeto e amor).

Não haja por impulso diante de um determinado comportamento da criança, tente descobrir as necessidades que levam a esse comportamento. Comunique e crie juntos soluções para o problema, mantendo a dignidade de todos inteira.

5. disciplina positiva (promoção do autocontrole e o estabelecimento de limites à criança com consistência e amor).

disciplina positiva faz com que a criança desenvolva uma consciência orientada pela sua própria disciplina interior e pela compaixão pelos outros. A disciplina deve ser compreensiva, carinhosa e respeitosa para fortalecer a ligação entre pais e filhos.

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“Pais felizes, crianças felizes” é um dos lemas da Parentalidade Positiva.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a Parentalidade Positiva, veja algumas DICAS para começar a exercê-la:

Respeito
Para começar a colocar em prática um EDUCAÇÃO POSITIVA, o respeito mútuo é a base de uma relação saudável entre pais e filhos, sendo gratificante para ambas as partes.

Na prática da Parentalidade Positiva, se aceita a criança tal como ela é, ajudando-a a ser a melhor versão de si mesma sem a intenção de mudá-la. Nossos filhos não são inferiores a nós, e devemos tratá-los como gostaríamos de ser tratados!

Relação
A qualidade da relação que estabelecemos com os nossos filhos (e até mesmo com os nossos próprios pais) é, para mim, uma das relações mais importantes que desenvolvemos em nossas vidas. Essa relação nos traz e também transfere segurança, confiança e paz para sermos o tipo de pais que desejamos ser e, para que a criança se desenvolva confiante e feliz. Uma relação com base no respeito e empatia requer tempo, disponibilidade e vontade de fazermos sempre o melhor.

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Cooperação
Você sabe a diferença entre COOPERAÇÃO e OBEDECER? Quando nosso filho obedece, ele estará fazendo o que queremos, mas pelas razões erradas. Ele obedece (quando obedece…) provavelmente pelo medo das consequências negativas para si (castigo, ameaça, etc..). Já quando cooperam, ele faz porque escolhe fazer, vê sentido naquilo e se sente parte do processo.

Queremos que nossos filhos cooperem conosco e não apenas que obedeçam. E como conseguimos cooperação por parte dos nossos filhos? A criança precisa se sentir ligada à você para cooperar. Você poderá conseguir isso respeitando-o e estabelecendo uma relação positiva com ele.

Regras
As crianças PRECISAM de regras. que vivem sem regras são crianças inseguras, ansiosas e sem tolerância à frustração. Regras e limites bem definidos e estabelecidos de forma coerente e consistente são essenciais na estruturação e organização psicológica e emocional dos nossos filhos.

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Muito amor, carinho, afeto e atenção aos nossos eternos pequenos.

Atenção
Se o nosso filho não recebe atenção positiva quando se porta bem, este fará o possível para atrair atenção negativa, portando-se mal, o que pode se tornar a origem de muitos problemas de comportamento. Por isso é necessário enchermos nossas crianças de atenção positiva, seja na forma de afeto, através de elogios, no tempo de qualidade que passamos com elas, diminuindo assim sua exposição à nossa atenção negativa, fortalecendo então a relação.

Enfim, trate sempre os teus filhos com o máximo de respeito. O RESPEITO MÚTUO É A BASE DE TUDO. Devemos querer, a cada dia, ser a melhor versão de nós próprios. Para que possamos ensinar aos nossos filhos a serem a melhor versão de si próprios.

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Bruna M. Coelho
Psicóloga CRP 06/145691

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